No Pará, quadrilha envolvida com Governo do Estado tinha contratos fraudulentos no valor de R$ 1,2 bilhão
A investigação pediu a prisão de 61 pessoas, nesta semana, sob suspeita de desviar mais de R$ 300 milhões em verbas públicas, incluindo recursos federais que foram destinados ao combate da Covid-19 no Brasil e deveriam ter sido utilizados nos hospitais de campanha.
A Polícia Federal apurou que o operador financeiro do esquema é um jovem pecuarista de 32 anos, um dos mais ricos do Pará. O nome dele é Nicolas André Morais e o patrimônio dele é enorme. Inclui carros de luxo, fazendas, 180 mil cabeças de gado, casas, apartamentos e aeronaves.
Além de Nicolas, os médicos Lauro Henrique Fusco Marinho e Cleudison Voltari, de São Paulo, também participavam do esquema.
O pecuarista tinha influência no alto escalão do Governo de Hélder Barbalho (DEM). Foi ele quem conseguiu quatro organizações sociais para as quais foram repassadas as verbas federais. Os contratos somam R$ 1 bilhão e 200 milhões.
Essas entidades passaram a administrar nove hospitais no Pará, sendo quatro de campanha. Resultado: faltaram equipamentos, não havia ar-condicionado e até os médicos não receberam os salários. Vinte e sete profissionais de saúde abriram processo contra o Governo de Barbalho.
A quadrilha, pelo menos, no papel, tinha tudo documentado em caso de auditoria. Mas, as notas eram frias e os serviços, superfaturados, nunca tinham sido executados.
Parsifal Pontes, ex-chefe da Casa Civil no Pará, é apontado pelos Federais como o homem do Governo Estadual que intermediava todo o esquema fraudulento. Foi Parsifal quem avisou aos outros que a PF investigava tudo.
O processo está agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque o governador Hélder Barbalho tem foro privilegiado. Em sua defesa, Hélder disse que não sabia de nada e que Parsifal já foi exonerado do cargo.
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