China e Canadá travam batalha na justiça e país asiático mantém pena de morte à canadense acusado de tráfico de drogas
Robert Lloyd Schellenberg, do Canadá, foi condenado à morte por tráfico internacional de drogas na China, nesta terça-feira (10). O caso virou uma grande disputa diplomática entre Ottawa e Pequim.
Em 2018, o governo chinês dado ao canadense uma pena de 15 anos de prisão. Em janeiro de 2019, um segundo julgamento condenou Schellenberg à pena de morte. Coindicdentemente, a apreciação da justiça chinesa ocorreu um mês após autoridades canadenses prenderem Meng Wanzhou, diretora financeira da gigante tecnológica chinesa Huawei, a pedido dos Estados Unidos, por violar sanções de Washington ao Irã.
Dias depois, a ditadura da China foi mais longe e prendeu também o ex-diplomata canadense Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor. Ambos foram acusados de espionagem. Mas, o governo chinês nega que haja relação entre os casos.
O veredicto do caso Robert Lloyd vem, justamente, no momento em que a defesa de Meng tenta evitar sua extradição para os EUA.
Chineses e americanos travam uma disputa por influência global e regional em meio a tensões militares, espaciais, territoriais e tecnológicas, em que a Huawei tem um papel central.
O governo americano, por sua vez, tenta impedir que a empresa instale a infraestrutura 5G em diversos países aliados e afirma que a tecnologia facilitará a espionagem chinesa em áreas estratégicas.
— Condenamos o veredito fortemente e pedimos à China que conceda clemência a Robert. O seu novo julgamento e a sentença subsequente foram arbitrários. Continuamos profundamente preocupados com o uso arbitrário da pena de morte pela China — disse o embaixador canadense em Pequim, Dominic Barton, em entrevista após o julgamento.
Robert Lloyd Schellenberg foi preso em 2014, sob a acusação de que iria contrabandear 220 quilos de metanfetamina da China para a Austrália. Ele nega as acusações e afirma que estava no país apenas como turista.
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