Se não houver acordo com os deputados, Bolsonaro diz que impressão do voto eletrônico será derrotada na Câmara
O presidente Jair Bolsonaro avaliou, nesta segunda-feira (9) que, caso não haja acordo entre os líderes dos partidos e os próprios parlamentares, há possibilidade da PEC para a impressão do voto eletrônico ser derrubada na Câmara.
Bolsonaro disse que a oposição à proposta ocorreu, repentinamente, depois que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, resolveu reunir com os deputados a fim de fazê-los mudar de opinião a respeito do tema e substituir quem era favor do assunto na Comissão Especial que estudava o caso.
— Se não tiver uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta, porque o ministro Barroso apavorou alguns parlamentares. E tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, deve no Supremo, né. Então, o Barroso apavorou. Ele foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças e praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso — lamentou o presidente.
Jair Bolsonaro trouxe à memória dos eleitores que o Congresso Nacional já havia aprovado a impressão do voto eletrônico, anteriormente, mas a medida foi derrubada pelo STF.
Em 2018, por oito votos a dois, a Corte suspendeu a medida para a eleição daquele ano e alegou que a impressão poderia abrir margem para uma suposta violação do sigilo e da liberdade de voto dos eleitores. Em setembro de 2020, por unanimidade, o STF declarou inconstitucional o tema.
— Foi quase unanimidade. Aprovamos. Depois o Supremo, sempre o Supremo, disse que é inconstitucional. Não tem cabimento o que o Supremo fez — disse Bolsonaro, repetindo que só deseja participar de "eleições limpas".
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