Bolsonaro indica aliados de peso como testemunhas e denuncia abuso judicial em plena UTI


O ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de mais uma ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou nesta segunda-feira (28) sua defesa na polêmica ação penal que o acusa, sem provas concretas, de envolvimento em uma suposta “trama golpista”. Como parte da estratégia de sua defesa, Bolsonaro indicou nomes de peso como testemunhas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ).
Também estão na lista os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além de militares de alta patente e especialistas em tecnologia, como o ex-diretor de TI do TSE, Giuseppe Janino — justamente quem conhece de perto o sistema das urnas eletrônicas.
A defesa foi entregue ao STF mesmo diante de uma situação crítica de saúde do ex-presidente, que se recupera de uma cirurgia no intestino em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Brasília. De forma controversa e desumana, Bolsonaro foi intimado pessoalmente por um oficial de Justiça dentro do hospital, contrariando recomendações médicas e normas processuais.
“A citação foi realizada contra o que estipula a lei, e mesmo diante das advertências da equipe médica, o fato sequer foi devidamente registrado nos autos”, destacou a defesa no documento.
O Supremo, sob a relatoria de Alexandre de Moraes, tem acelerado um processo que já nasce sob forte contestação jurídica. Bolsonaro, que tem feito transmissões ao vivo mesmo hospitalizado para manter seu contato com a população, foi surpreendido com a intimação forçada — um gesto que, para aliados, comprova o caráter político da perseguição movida contra ele.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República, baseada em ilações e documentos questionáveis como a chamada “minuta do golpe”, acusa Bolsonaro de crimes absurdos como tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio público — acusações que têm sido usadas como arma contra opositores do atual governo petista.
A PGR alega ainda que o ex-presidente teria conhecimento de um plano chamado “Punhal Verde Amarelo” — uma narrativa que seus advogados consideram fantasiosa e desconectada da realidade.
Enquanto isso, o país acompanha mais um capítulo de um processo judicial que, para muitos, revela uma escalada autoritária e um cerco jurídico contra aqueles que ousaram enfrentar o sistema.
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