VÍDEO: Bolsonaro reage a inquérito proposto por Barroso e diz: “Se o povo estiver comigo, vamos fazer com que a vontade popular seja cumprida”

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, resolveu, de fato, comprar briga com o presidente Jair Bolsonaro e encaminhou pedido para que o Supremo investigue o chefe do Planalto por, supostamente, divulgar notícias falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas brasileiras e o processo de contagem dos votos. Em plenário, os ministros do TSE decidiram, por unanimidade, acatar a solicitação de Barroso e enviar o ofício.

O presidente do TSE, que é defensor voraz do atual sistema eleitoral brasileiro, encaminhou documento ao ministro Alexandre de Moraes, sobre a live de quinta-feira (29) do presidente Bolsonaro, em que ele aponta indícios de fraudes nas eleições de 2014 e 2018. Na ocasião, Jair Bolsonaro disparou contra Barroso e disse que quem o acusa de não provar que as urnas são fraudáveis devem ser os mesmo a provar que os aparelhos são confiáveis.

Assim que retornaram do recesso, os ministros do TSE aprovaram também uma portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro.

Eles querem investigar se o presidente da República cometeu os crimes de "abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea."

Moraes, que provavelmente será o próximo a ocupar a vaga de presidente do TSE, parabenizou o corregedor-geral eleitoral Luis Salomão pela proposta e disse que a medida é importante "porque com a democracia não se brinca, com a democracia não se joga, não se desrespeita as instituições".

Sobre o inquérito de Barroso, Bolsonaro respondeu:

- Vou dar meu último recado para aqueles que ousam a açoitar a democracia: se o povo estiver comigo, vamos fazer com que a vontade popular seja cumprida - disparou.
- Até porque, seu ministro Barroso, a própria Constituição (brasileira) diz que todo o poder emana do povo - finalizou, acrescentando que “joga dentro das quatro linhas da Constituição”, ao contrário dos ministros do Supremo e do TSE.

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