Justiça condena Pablo Marçal por criticar Boulos durante campanha eleitoral

O ex-candidato ao governo de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, foi condenado a pagar R$ 30 mil por declarações feitas durante a campanha eleitoral de 2024, em que questionava publicamente o envolvimento do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A sentença, assinada pelo juiz Anderson Cortez Mendes, ainda cabe recurso.

Em entrevista concedida em 11 de julho, Marçal criticou o MTST, movimento liderado por Boulos, e o classificou como um “esquema criminoso” que funcionaria como uma “imobiliária irregular” cobrando, segundo ele, aluguel de R$ 700 de famílias pobres em ocupações. Embora as declarações tenham sido feitas no contexto de um debate político, a Justiça entendeu que houve violação à honra do parlamentar de esquerda.

A defesa de Marçal alegou o legítimo exercício da liberdade de expressão e o direito à crítica política, especialmente diante de figuras públicas envolvidas em movimentos com forte impacto social. No entanto, o argumento foi rejeitado pelo juiz, que determinou ainda a remoção do trecho da entrevista sob pena de multa diária de até R$ 50 mil em caso de descumprimento.

A condenação reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão no Brasil, especialmente quando se trata de denúncias e críticas a políticos ligados a movimentos sociais historicamente associados à esquerda.

Nas eleições para o governo paulista, Pablo Marçal não avançou para o segundo turno. Boulos chegou à etapa final, mas acabou derrotado por Ricardo Nunes (MDB), que venceu com 59,35% dos votos, sinalizando a rejeição da maioria dos paulistas a pautas mais radicais.

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