Gilmar Mendes diz que voto impresso é “conversa fiada”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse, na sexta-feira (30), que a discussão em torno da impressão do voto eletrônico seria “conversa fiada”.
- Essa ideia de que, sem voto impresso, não podemos ter eleições ou não vamos ter eleições confiáveis, na verdade, esconde, talvez, algum tipo de intenção subjacente, que não é boa - alegou Mendes.
- Vamos parar um pouco de conversa fiada. Claro que todos nós somos favoráveis à audibilidade da urna e ela é auditável - disse.
As declarações de Gilmar Mendes foram proferidas em um evento virtual promovido pelo Consultor Jurídico (Conjur). No encontro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também estava presente.
- A discussão sobre o voto impresso revela uma impropriedade. Se estamos a falar de fraude no programa, o voto impresso não elidiria essa fraude, porque aquilo que é impresso já passou pelo programa - acredita Gilmar Mendes.
Lira, por sua vez, acredita que a proposta será derrotada na comissão especial que analisa a matéria, dia 5 de agosto.
- A questão do voto impresso está tramitando na comissão especial, o resultado da comissão impactará se esse assunto vem ao plenário (da Câmara) ou não. Na minha visão, tudo indica que não - avaliou, acrescentando que acredita na confiabilidade das urnas, mas não vê problema em se aprimorar a auditagem delas.
Muitos partidos, de última hora, aderiram à rejeição da PEC de autoria da deputada federal e procuradora aposentada Bia Kicis (PSL), após os ministros do Supremo, em especial, Luis Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reunir-se com a bancada política e pedir a não aprovação da proposta.
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