Mulher quebra silêncio após tragédia familiar causada por envenenamento
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TORRES – Após o envenenamento que resultou na morte de três membros de sua família no final do ano passado, Zeli dos Anjos falou pela primeira vez sobre o crime. Em entrevista à TV Globo, ela relembrou a tragédia e envolveu a Nora, Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, suspeita de ter envenenado um bolo com Arsênio.
"Eu sabia que ela era má, que fazia maldades, mas nunca Pensei que fosse chegar nesse nível. Não tenho nem pena, nem raiva, nem ódio. Mas, quando penso que ela jogou as quatro pessoas mais importantes da minha vida...", desabafou.
O crime ocorreu em dezembro, na cidade de Torres, litoral norte do Rio Grande do Sul. Seis familiares de Zeli passaram mal após consumir o bolo preparado por Deise. Três delas não resistiram: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, 59; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47. Além disso, a investigação relatou que Paulo Luiz dos Anjos, marido de Zeli, falecido em setembro do mesmo ano, também foi vítima de envenenamento, tendo ingerido leite em pó.
O delegado responsável pelo caso afirmou que Deise não gostou da sogra, o que pode ter motivado os crimes.
"Todos os depoimentos indicam um certo ódio da investigada por Zeli. A própria Deise chegou a se referir à sogra pelo apelido de 'naja'", declarou Marcos Viní.
As investigações revelaram que Deise realizou pesquisas na internet sobre substâncias letais, incluindo buscas como “veneno para o coração” e “veneno para matar humanos”.
ACUSADA É ENCONTRADA MORTA NA PRISÃO
Presa preventivamente desde janeiro deste ano, Deise foi encontrada morta na manhã da última quinta-feira (13) na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
De acordo com a delegada Karoline Calegari, agentes penitenciários localizaram o corpo durante a rotina matinal. “Ela estava em uma cela individual, separada das demais detentas”, em
Ainda segundo as investigações, na véspera da morte, o companheiro de Deise, Diego Silva dos Anjos, teria solicitado os dados, e ela entregou a aliança
Em anotações deixadas na cela, a acusada negava envolvimento nos crimes. Seu advogado, Cassyus Pontes, afirmou que ela sofria de depressão e que o isolamento agravou sua condição. "Desde o início, solicitamos elogios médicos para garantir que ela receba o tratamento adequado".
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