Mulher investigada por envenenamento morre em presídio
TORRES (RS) - Deise Moura dos Anjos, investigada por envenenar um bolo de Natal que causou a morte de três pessoas, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira (13). A principal hipótese é suicídio.
Segundo informações da Polícia Penal, agentes penitenciários localizaram a detenta sem sinais vitais durante a conferência matinal. Ela estava em uma cela isolada, na ala de triagem, para onde havia sido transferida no dia 6 de fevereiro, após permanecer quase um mês no Presídio Feminino de Torres. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a morte foi constatada no local.
As circunstâncias do falecimento serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias. Em nota enviada ao jornal Correio do Povo, a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo informou que não se manifestará enquanto o caso estiver sob investigação.
O caso do bolo envenenado
A investigação teve início após uma confraternização familiar na véspera de Natal de 2024 resultar em uma tragédia. Seis pessoas consumiram um bolo contaminado com arsênio, causando a morte de três delas e a hospitalização das demais.
De acordo com as investigações, Zeli dos Anjos preparou o bolo para um encontro familiar em Arroio do Sal (RS), sem saber que a farinha utilizada estava contaminada. O consumo ocorreu em 23 de dezembro. Horas depois, Neuza e Maida dos Anjos faleceram. Tatiana dos Anjos morreu no dia 25 de dezembro. Matheus, sobrinho-neto de Zeli, ficou internado e recebeu alta em 3 de janeiro.
No dia 5 de janeiro, Deise Moura dos Anjos foi presa preventivamente sob acusação de triplo homicídio qualificado e três tentativas de homicídio. No decorrer das investigações, a polícia identificou a possibilidade de que ela tenha envenenado outras pessoas de seu convívio, incluindo Paulo Luiz dos Anjos, cujo corpo foi exumado para análise. A perícia confirmou a presença de arsênio em seu organismo.
Com a morte de Deise no presídio, as autoridades seguem investigando as motivações e os desdobramentos do caso.
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