Vereador de Estrela foi morto por estrangulamento em uma emboscada

A morte do vereador de Estrela, Gerson Adriano da Silva, de 52 anos, conhecido como Gersinho, foi oficialmente tratada como latrocínio pela Polícia Civil. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (30). O político, que estava desaparecido desde o dia 18 de janeiro, foi encontrado sem vida no dia 24, em Alvorada, na Grande Porto Alegre, com sinais evidentes de violência. O corpo apresentava marcas de estrangulamento e perfurações, reforçando a hipótese de que ele foi brutalmente assassinado.

De acordo com as investigações, o vereador foi atraído para uma emboscada. O delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil, revelou que Gersinho tinha um compromisso no Litoral Norte no domingo, 19 de janeiro. No entanto, ele alterou seus planos e seguiu para a Região Metropolitana na noite anterior, onde tinha um encontro marcado com uma mulher com quem se relacionava eventualmente.

Segundo a polícia, o vereador chegou sozinho à Grande Porto Alegre em seu próprio carro. No local do encontro, próximo a um bar perto do Itapema Park, em Alvorada, ele foi abordado por três homens que passaram a torturá-lo e a exigir transferências via Pix. A intenção dos criminosos era extorquir dinheiro antes de consumar o homicídio.

Prisões e andamento do caso

Até o momento, três pessoas foram presas por envolvimento no crime. Dois homens, incluindo o suposto mentor do latrocínio, foram localizados em Alvorada. Já uma mulher, que seria amiga da garota de programa que atraiu a vítima, foi presa em Pelotas. Ela teria recebido um dos valores transferidos da conta bancária do vereador.

A prisão mais recente ocorreu na quarta-feira (29), quando a polícia localizou um homem de 26 anos, apontado como um dos executores do crime. Durante o interrogatório, ele permaneceu em silêncio. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados para preservar o andamento das investigações.

Relembre o caso

Gersinho foi visto pela última vez em Estrela no dia 18 de janeiro, por volta das 18h30min. Ele seguiu sozinho em seu carro em direção à Região Metropolitana. Ainda naquela noite, sua família tentou contato por mensagens, mas não obteve resposta. As investigações indicam que, durante o trajeto, ele recebeu uma ligação que o levou ao ponto de encontro combinado.

Na madrugada do dia 19, a conta bancária do vereador registrou movimentações suspeitas, com transferências via Pix. Pouco depois, seu carro, um Corsa, foi encontrado incendiado em Viamão, e seus documentos foram localizados no bairro Umbu, em Alvorada.

A polícia iniciou buscas na esperança de encontrá-lo com vida, utilizando apoio de cães farejadores e equipes especializadas. No entanto, em 24 de janeiro, o corpo do vereador foi localizado em uma área de mata em Alvorada. A análise pericial confirmou que ele foi torturado antes de ser morto. Os investigadores acreditam que o crime tenha ocorrido próximo ao local onde o corpo foi encontrado.

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