Após post de advogadas nas redes sociais, Nego Di pode voltar para a prisão
O Ministério Público do Rio Grande do Sul está avaliando se o humorista e influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, infringiu as condições estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao ser beneficiado com a liberdade provisória, após decisão em habeas corpus, nesta quarta-feira. Nego Di, que é acusado de estelionato qualificado por fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, estava detido desde julho.
Como parte da concessão do habeas corpus, o STJ impôs algumas condições, incluindo: a obrigação de se apresentar periodicamente ao juiz para relatar suas atividades, permanecer no endereço atual, entregar seu passaporte e abster-se de usar redes sociais ou frequentá-las.
A última exigência imposta pelo STJ teria sido descumprida, pois as advogadas de Nego Di, Tatiana Vizzotto Borsa e Camila Kersch Rodrigues, publicaram no Instagram uma imagem celebrando a soltura de seu cliente com taças de espumante. Na foto, Nego Di aparece sorrindo ao fundo. O Ministério Público está averiguando se a presença do humorista na imagem configura uma violação à medida cautelar estabelecida pelo STJ.
De acordo com o portal O Globo, a advogada Tatiana Borsa argumentou que a restrição imposta pela Justiça se referia apenas às redes sociais de Nego Di. Para evitar possíveis interpretações negativas, as defensoras retiraram das redes de terceiros todas as fotos e vídeos nos quais o humorista aparece, já que a decisão do STJ proíbe “frequentar e usar redes sociais“, sem especificar os proprietários dos perfis.
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