Dólar cai pelo segundo dia consecutivo com foco no fiscal e eleições dos EUA; moeda norte-americana fecha a R$ 5,74
O dólar enfraqueceu pelo segundo dia consecutivo com os agentes financeiros monitorando as reuniões do governo sobre o corte de gastos públicos. As eleições à presidência nos Estados Unidos e o primeiro dia de reunião do Copom também pressionaram a divisa.
Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,7484 (-0,60%).O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, teve queda de 0,44% hoje. Durante a sessão, o índice atingiu o menor nível em três semanas.
O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar perdeu força em mais uma sessão consecutiva com o cenário fiscal no centro das atenções dos investidores.
Nesta terça-feira (5), o mercado seguiu monitorando as discussões do governo sobre o corte de gastos. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa e da Previdência Social, Carlos Lupi estiveram entre os participantes de uma nova reunião no Palácio do Planalto.
Ontem, Haddad afirmou que o pacote de corte nos gastos públicos deve ser anunciado ainda nesta semana. “Como as coisas estão muito avançadas do ponto de vista técnico, acredito que nós estejamos prontos para anunciar”, disse em entrevista a jornalistas.
Hoje também foi o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A decisão deve ser divulgada amanhã (6) depois do fechamento do mercado. O consenso é de alta de 50 pontos-base na Selic, a 11,25% ao ano.
No exterior, a expectativa pelo resultados das eleições à Casa Branca pressionaram o dólar. Com uma disputa acirrada entre a vice-presidente democrata, Kamala Harris, e o ex-presidente republicano Donald Trump, a expectativa é de que os primeiros resultados devem ser divulgados ao longo da madrugada da quarta-feira (6).
Pela manhã, os operadores de câmbio buscaram se proteger contra grandes movimentos de preços, levando a volatilidade implícita do euro e do peso mexicano ao nível mais alto desde o pleito de 2016. A tendência deve seguir nos próximos dias conforme forem saindo os resultados por Estados da eleição presidencial.
No radar, os investidores também fazem ajustes com a proximidade da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, que acontece nos dias 6 e 7 de novembro.
O consenso é de corte de 25 pontos-base, o que levaria os juros norte-americano a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano. A decisão será divulgada na quinta-feira (7), acompanhada da coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell.
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