Na Venezuela, salário-mínimo concedido por Maduro compra apenas 1% da cesta básica
De acordo com o Centro de Documentação e Análise para Trabalhadores, órgão de controle de preços semelhante ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Brasil (Dieese), o salário-mínimo - pago em maio deste ano aos venezuelanos - representou apenas 1% do valor total de uma cesta básica que, atualmente, custa quase 690 milhões de bolívares sobreamos ou aproximadamente US$ 220 no país.
O salário-mínimo vale na Venezuela 7 milhões de bolívares soberanos. O que equivale a pouco mais de US$ 2,00, em 1º de maio de 2021. O pior de tudo é que 96,2% da população vivem na pobreza e 79,3% estão em situação de pobreza extrema. Ou seja: sobrevivem com menos de US$ 1,90 por dia.
Os dados aparecem na mais recente Pesquisa Nacional de Condições de Vida (Encovi) 2019-2020, realizada pelo Instituto de Investigações Econômicas e Sociais da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica Andrés Bello. O salário mínimo definido em 2021 pelo governo estaria em cerca de US$ 3, valor insuficiente para adquirir 1% dos produtos da cesta básica.
Entre os venezuelanos mais pobres, apenas 12% têm acesso à internet, 13% utilizam telefonia fixa, 17% têm computadores à disposição e 44% possuem máquina de lavar roupa.
Fora isso, os programas sociais do Governo Maduro transferem renda para as famílias e esses benefícios representam 25% do rendimento das famílias venezuelanas; o que acaba “viciando” as receitas das pessoas físicas. Entre 2013 e 2019, o Produto Interno Bruto do país despencou incríveis 70%.
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