Rebeldes armados que controlam o Iêmen e apoiam o Hamas, condenam homossexuais à pena de morte
Os rebeldes houthis, do Iêmen, condenaram à morte nove pessoas acusadas de sodomia, com penas que incluem crucificação e apedrejamento, denunciou nesta quarta-feira (27) a organização não governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW).
A notícia terrível foi divulgada pela agência portuguesa 'Lusa' e relata que os houthis - que controlam parte significativa do país - condenaram ainda mais 23 homens à prisão e aplicaram penas que vão até os dez anos.
Três deles serão submetidos à flagelação pública, diz a reportagem.
O investigador da HRW para o Iêmen e o Bahrein, Niku Jafarnia, afirmou na nota que “num desrespeito abominável do Estado de Direito, os houthis proferem sentenças de morte e sujeitam os prisioneiros a maus-tratos públicos sem justificação judicial aparente”.
Jafarnia denunciou que eles usam “essas medidas cruéis” para “distrair a atenção de sua incapacidade de governar e satisfazer as necessidades básicas da população”, e "que a polícia “não apresentou mandados de prisão, revistou e confiscou ilegalmente os telefones dos detidos”.
A lei de processo penal do Iêmen, nos artigos 132 e 172, proíbe detenções e apreensão de bens sob custódia da polícia sem ordem judicial. O Artigo 181 proíbe interrogatórios sem a presença de um advogado, destacou a organização.
O grupo armado rebelde houthi assumiu o controlo da capital do Iêmen, Sana, em setembro de 2014, provocando a fuga do governo iemenita que é reconhecido pela comunidade internacional.
De acordo com o Monitor Euro-Mediterrâneo dos Direitos Humanos, os tribunais houthis condenaram 350 pessoas à morte na última década e 11 já foram executadas.
Os houthis têm sido alvo de ataques direcionados de países da OTAN, liderados pelos Estados Unidos e Reino Unido, após uma série de atentados praticados no últimos meses contra navios e embarcações no Mar Vermelho.
Os rebeldes armados, cujas práticas são as mesmas de terroristas islâmicos, também são declaradamente contra o estado de Israel e apoiadores do Hamas, o grupo terrorista alvo do exército israelense na Faixa de Gaza, desde os ataques contra civis em 7 de outubro do ano passado.
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Fonte: Com informações da Agência Lusa