Gigante do futebol brasileiro é denunciado por suposta lavagem de dinheiro

A notícia saiu no site esportivo GE, do grupo Globo e revela que o Sport Clube Corinthians Paulista, clube com a segunda maior torcida do Brasil, é alvo de investigação em um suposto caso de lavagem de dinheiro.

Um inquérito foi instaurado pelo Ministério Público, após três denúncias anônimas de que recursos financeiros estariam sendo utilizados para fins particulares.

"São investigados o presidente Duilio Monteiro Alves; o ex-presidente Andrés Sanchez; o candidato à presidência André Luiz Oliveira, conhecido como André Negão; o conselheiro Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne; e o empresário Fernando Garcia", aponta a a reportagem.

O caso é investigado, sob sigilo, por meio de inquérito policial instaurado pela 4ª Delegacia de Investigações sobre Lavagem ou Ocultação de Bens e Valores do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC)". 

O Corinthians se defendeu por meio de uma nota, na qual afirma que trata-se de denúncia vazia, assim como uma anterior, de mesmo teor, que acabou arquivada:

De acordo com o clube, trata-se da segunda vez que a mesma denúncia anônima é feita. A primeira teria sido arquivada. O clube tenta descobrir de quem partem as acusações anônimas.

"Pessoas inescrupulosas novamente se utilizam do anonimato para tentar, caluniosamente, envolver o clube e terceiros em investigações. Há pouco tempo também assim agiram de forma similar, mas, como só poderia ser, essa apócrifa denúncia, sem amparo, foi sumariamente arquivada. Agora, por ser mera repetição e diante da absoluta falta de justa causa, novamente também será arquivada. Estamos, porém, solicitando investigação policial para tentar descobrir quem fez a denúncia caluniosa e falsa comunicação de crime e quais são seus reais motivos, justamente para que seja(m) correta e devidamente, responsabilizado(s)", informou o clube alvinegro.

Caso MSI

Esta, entretanto, não é a primeira vez que o gigante paulista se vê diante de acusações de corrupção.

Em dezembro de 2004, o clube firmou um contrato com uma empresa internacional, a Media Sports Investment (MSI), um fundo de investimento sediado em Londres e dirigida por Kia Joorbichian, que se diza proprietário. Mas a empresa era apenas uma fachada para  megaempresário russo Boris Berezovsky movimentar sua fortuna pessoal, estimada, na época, em cerca de 1 trilhão de dólares, como ele mesmo veio a reconhecer anos depois.

Na época, a Polícia Federal fez uma série de investigações e chegou à conclusão de que o Corínthians seria uma espécie de lavanderia, e, na compra e venda de jogadores pela MSI, teriam sido movimentados cerca de 64 milhões de dólares de maneira ilícita.

O caso foi à justiça e o juiz federal Marcelo Cavali, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, absolveu Berezovsky, o dono da MSI Kia Joorabchian e o então presidente do clube Alberto Dualib dos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

“Se Kia e Dualib foram inescrupulosos ao ocultarem a participação de Boris no empreendimento, nada disso é suficiente para uma condenação, porquanto não está preenchido pressuposto essencial para a caracterização de lavagem de dinheiro: a comprovação de que o dinheiro investido no Brasil era proveniente de crimes”, concluiu o magistrado na sentença.

Odebrechet

O Timão teve seu nome envolvido em novo escândalo, anos depois, em delação premiada de Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira de mesmo nome, responsável pela construção do estádio do clube, em Itaquera.

Marcelo conta que o pedido foi feito por Lula, então presidente da República, no fim do mandato dele, em 2010.

O pedido ara um estádio privado para 30 mil pessoas, porém, acabou virando uma bola de neve, quando da realização da Copa do Mundo de 2014.

Escolhido como sede da competição na capital paulista, os número subiram para 60 mil lugares nas arquibancadas e o projeto, inicialmente orçado em 300 milhões de reais, publu para 400 milhòes e, depois, para 800 milhòes, com financiamento pelo BNDES e a Caixa Econômica Federal. O presidente do alvinegro, na época, era Andrés Sanchez

O resto da história, todos conhecem, com os gastos ultrapassando a casa do bilhão e atolando o clube em dívidas e renegociações que irão perdurar por décadas e sem que ninguém tenha sido efetivamente punido.

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