Petrobras perde R$ 32 bilhões em valor de mercado, após interferência petista
A notícia publicada no site da CNN Brasil dá conta de que um comunicado da Petrobras divulgado,, nesta segunda-feira (23), aos investidores despertou uma onda de pessimismo e preocupação no mercado financeiro.
"Em comunicado, a estatal diz que o Conselho da empresa aprovou a revisão da “Política de Indicação de Membros da Alta Administração e do Conselho Fiscal”. O novo texto será submetido à aprovação dos acionistas", diz a reportagem.
A possibilidade de alteração do processo para a indicação e nomeação do alto escalão da estatal teria gerado arrepios nos investidores que perderam bilhões de reais nos últimos anos com os problemas na governança da Petrobras.
O temor é que a empresa passe a contar com dirigentes políticos – e não técnicos. Isso poderia levar a empresa a decisões equivocadas e, em última instância, abriria brechas para a corrupção.
"Analistas internacionais já acenderam a luz amarela. Grandes bancos estrangeiros, como o Goldman Sachs e o Citi, alertam que mudanças nos critérios para indicação poderiam abrir espaço para influência política na estatal. Também há risco de a criação de uma reserva de lucros, o que poderia diminuir o pagamento de dividendos. A reação do investidor foi incontestável. Na bolsa de valores, as ações da estatal caíram mais de 6% nesta segunda-feira."
A direção da empresa, sob presidência do ex-senador do PT, Jean Paul Prates, emitiu um comunicado tentando estancar a sangria:
“A proposta a ser deliberada em AGE, ainda a ser convocada, mantém todos os requisitos previstos na Lei das Estatais nas indicações de membros da administração, retirando somente o parágrafo segundo do mesmo artigo 21 do Estatuto Social, que reproduzia o conteúdo de cada um dos incisos do art. 17, parágrafo segundo, da referida lei”, cita a empresa em comunicado.
A Petrobras argumenta que “o objetivo é tão somente manter o Estatuto Social da Petrobras atualizado, quaisquer que venham a ser as decisões judiciais sobre o tema”. “Não há qualquer redução nas exigências em relação à Lei das Estatais, pois o Estatuto Social continua a fixar o cumprimento total da Lei das Estatais nas indicações, conforme estabelecido em seu artigo 21”, diz a empresa.
Em resumo, nada indica que a empresa irá recuar, mesmo diante das perdas expressivas e da desconfiança permanente que isso gerará nos sócios e no mercado como um todo. Já vimos essa história antes, e sabemos onde vai acabar.
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