O homem com o QI mais alto a pisar na Terra
Nem Albert Einstein, nem Stephen Hawking, Leonardo Da Vinci ou Isaac Newton. William James Sidis. Esse é o nome do homem com QI mais elevado que já pisou neste planeta chamado Terra.
Nascido na cidade de Nova Iorque em 1 de abril de 1898, filho de pais judeus imigrantes ucranianos, que fugiram para o Norte dos Estados Unidos fugidos de movimentos antissemitas. Seu pai, Boris Sidis, era um renomado psiquiatra, poliglota com quatro diplomas formado pela Universidade de Harvard. A mãe, Sarah Sidis, atuava na carreira de medicina, algo extremamente raro naquela época.
O inteligente casal desde cedo incentivou ao menino o amor pelo conhecimento e estudo e ambos queriam que o filho seguisse o mesmo caminho das letras. Sendo assim, os pais de William o ensinaram, ainda quando criança, toda a ciência de que dispunham e investiram parte da economia da família em centenas de livros para o menino.
Como recompensa do investimento no garoto, William, com um ano de vida, já lia o New York Time, o renomado jornal americano, se tornando um verdadeiro prodígio. Latim, grego, armênio e turco eram alguns idiomas que o James sabia com apenas seis anos de idade.
Em 1909, quando se tornou a pessoa mais nova a entrar para a Universidade de Harvard, aos 10 anos, ele já era uma “estrela”. Dois anos mais tarde, Sidis já lecionava aulas de matemática na Universidade, ficando muito famoso por meio dos periódicos da época. Contudo, ser um novo gênio reconhecido mundialmente também tinha seus malefícios: Sidis perdeu a infância e adolescência para os estudos e o fato de que odiava ter todo aquele reconhecimento, desejando apenas ter uma vida normal, desprovida de fama.
Estar sob os holofotes era tudo o que ele mais detestava e culpava os pais por isso; o que causou muitas discussões e brigas na família, fazendo com que James não participasse do funeral do próprio pai. Revoltado com as chacotas que ouvia dos próprios alunos por ser muito novo, ele deixou a carreira de professor de matemática na Rice University e, em 1919, foi preso por ser o líder de uma manifestação com tendências comunistas contra o alistamento militar.
Devido ao prestígio que o pai de William James tinha na sociedade local, logo ele saiu da cadeia decidido que faria de tudo para fugir da fama. Ele passou a mudar de cidade como trocava de trabalho, sempre optando pelos ofícios braçais que não exigiam seus conhecimentos intelectuais. Mas, fatalmente, era reconhecido como celebridade por onde passava.
Nos últimos anos de vida, William James Sidis tentou se isolar ainda mais de tudo e de todos, sempre com muita mágoa pela fama que possuía. Morreu em 1944, vítima de uma hemorragia cerebral, a mesma que ceifou seu pai. O homem que poderia mudar o mundo, com um QI acima de 250 pontos foi vítima da ambição de seus pais, do sensacionalismo das mídias e de sua própria genialidade.
Texto: Pietra Pavarotti
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