PF não encontrou indícios de crime por parte de vinícolas
O delegado da Polícia Federal, Adriano Medeiros do Amaral, não encontrou indícios de que as vinícolas famosas de Bento Gonçalves tinham conhecimento ou participavam do cárcere privado e da situação análoga à escravidão em que 207 trabalhadores eram mantidos.
- Até o presente momento, e a gente pesquisou bastante sobre isso, nas provas que a gente tinha aqui, não foi encontrado nenhum indício de participação das vinícolas no crime de redução ao trabalho análogo ao escravo - disse a autoridade policial.
Como a empresa Fênix Ltda. era quem contratava todos os safristas, as investigações se concentram nela agora e no proprietário, o baiano Pedro Santana.
As vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi se beneficiavam do trabalho dos homens, mas alegam que não sabiam das condições em que estes moravam. Ainda assim, vão pagar R$ 7 milhões aos colaboradores a título de indenização.
A defesa de Pedro Santana afirma que o empresário colabora com as apurações e que sempre manteve em "condições regulares" os prestadores de serviço sob sua responsabilidade.
- Empresário de carreira sólida e reputação inquestionável que, antes de exercer o seu direito de ampla defesa no decorrer do devido processo legal, já é tratado por muitos como culpado - reclama o advogado Augusto Giacomini Werner.
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