"Queremos que as empresas cresçam, porém, nos termos da lei", afirma Dino sobre trabalho escravo na Serra Gaúcha
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou, em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (27), sobre as centenas de trabalhadores que sofriam no Rio Grande do Sul com a situação análoga à escravidão.
- Queremos que todos produzam, que as atividades econômicas se desenvolvam, que as empresas cresçam, que gerem oportunidades de trabalho, porém, que isso se dê nos termos da lei. E evidentemente o trabalho degradante e precário acaba incorrendo inclusive na capitulação prevista no Código Penal. Além de ser uma infração trabalhista, pode configurar um crime. Por isso, essa mensagem é importante inclusive para que outros empregadores, empreendedores, empresários, estejam atentos quanto à observância da lei - avisou.
Na semana passada, três trabalhadores, que foram recrutados na Bahia, fugiram do alojamento onde estavam e pediram ajuda na Polícia Rodoviária Federal (PRF) para retirar os colegas do lugar. Os homens contaram que estavam há meses trabalhando em regime de escravidão, sem receber o salário direito, sendo obrigados a comprar de um mercadinho onde o quilo do arroz custava R$ 22, sofrendo violência física, em cárcere privado e com jornadas exaustivas.
O responsável pelas contatações também era baiano. Ele foi preso, pagou fiança de R$ 40 mil e responderá em liberdade.
O flagrante foi dado em Bento Gonçalves e todas as cinco vinícolas que se beneficiavam do trabalho escravo disseram não ter tido conhecimento sobre o assunto, anteriormente.
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