Estudantes gaúchas criam copo que identifica "Boa noite, Cinderela"
Sabe aquele golpe chamado "Boa noite, Cinderela", no qual jovens que estão curtindo a noite ficam suscetíveis a serem dopadas, roubadas e estupradas? Pois é. Ele pode estar com os dias contados. É que, preocupadas com o número frequente de casos, quatro alunas do Ensino Médio do Rio Grande do Sul criaram um copo que acusa quando a bebida foi alterada.
As adolescentes Natally da Silva Souza, 16 anos, Nicolli Marques, Giovanna Moraes e Giovanna Avila, as três últimas de 17 anos, resolveram tornar o ambiente para as mulheres menos periogoso. Assim, elas começaram a pensar nas possibilidades que teriam para tornar uma festa, por exemplo, um lugar seguro.
- Criamos nossa equipe e, nas pesquisas para encontrar um tema, vimos vários problemas da sociedade e, entre eles, os relatos de pessoas que foram dopadas. Teve gente sequestrada, roubada e até estuprada - conta Natally.
Decididas a fazer algo sobre o assunto, as adolescentes bolaram um copo cuja base, ao entrar em contato com a droga (GHB), dá início a uma reação química, mudando de cor e alertando a vítima.
- Nossa ideia é que o reagente fique na base do copo na forma sólida, podendo, assim, ser usado mais de uma vez. Isso deve levar maior segurança para as pessoas nas festas. E, caso sejam vítimas desses crimes, elas terão uma prova física - acrescenta Natally.
O copo "milagroso" foi demonstrado e aprovado na Mostra Sesi Com@Ciência 2022, que aconteceu em Porto Alegre e reuniu 175 projetos.
Não há previsão de quando o produto estará pronto para a venda, mas, no que depender das alunas, o golpe da Cinderela está com os dias contados.
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