Após ascensão de Lula ao poder, empreiteiras querem revisar os tratados da Lava-Jato com a Justiça
Empreiteiras e empresas envolvidas em escândalos de corrupção durante os governos do PT estão felizes da vida, se articulando no privado para quebrar os acordos de leniência que fizeram com a Justiça brasileira.
Um Acordo de Leniência, para quem não sabe, é um instrumento sancionador negocial, celebrado com uma pessoa jurídica, que colabora, espontaneamente, revelando informações e provas sobre os atos de corrupção de que tem conhecimento e sobre os quais assume a sua responsabilidade.
A informação é de Bela Megale, do Jornal O Globo.
Segundo a jornalista, o foco principal das reclamações são as multas bilionárias que as companhias estão tendo que arcar em virtude das negociações feitas para delações premiadas de pessoa jurídica.
A Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão que vai ficar responsável por todas essas demandas e os executivos estão atentos e pressionando Lula para saber quem será o indicado para comandar a casa.
A defesa das empresas alega uma tal de "evolução jurídica" para justificar a revisão dos valores e que várias autoridades estão tendo as sentenças anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e apenas as empreiteiras continuam no prejuízo.
Entre os cotados para a CGU, estão: o ex-presidente do Cade, Vinícius de Carvalho, os advogados Marco Aurélio Carvalho e Mauro Menezes, e o ex-ministro-chefe da CGU, Luiz Navarro.
Um detalhe importante: Navarro trabalhou até março de 2016 em um escritório de advocacia que tinha como clientes empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato. E foi ele o responsável por negociar acordos de leniência com as mesmas construtoras, acusadas de desviar recursos da Petrobras e de outros órgãos federais.
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