Escritor defende legalização das drogas e diz: "Criança gosta de açúcar. É a única droga que ela pode usar. Olha a alegria que ela fica"
O escritor carioca Geovani Martins, de 31 anos, chamou a atenção na 20ª Festa Literária Internacional de Paraty, conhecida como Flip, nesta sexta-feira (25), não exatamente em virtude da grandiosidade dos seus livros. Mas, a respeito de conceitos polêmicos que ele tem sobre o acesso e legalização das drogas no Brasil.
O jovem, que já morou em duas favelas do Rio, foi convidado para debater questões sociais e surpreendeu o público ao afirmar que "a probição das drogas é a justificativa das chacinas que ocorrem no Brasil".
- Quero fazer um livro de não ficção sobre o assunto. O Brasil constrói discursos descolados da realidade. A proibição das drogas é a justificativa das chacinas que ocorrem no Brasil. Duvido que estaríamos assim como sociedade se todo mundo pudesse usar um cogumelo - sugeriu o moço.
- Droga é um portal de reflexão e empatia. Criança gosta de açúcar, é a única droga que ela pode usar, olha a alegria que ela fica - acredita.
Martins também alegou que as cracolândias só crescem, não porque as drogas viciam e fazem mal às pessoas, mas porque falta ações do governo.
- Um discurso abusivo tenta justificar que isso permitiria o acesso de playboys às drogas, mas isso já acontece normalmente (…). Cracolândias nascem a partir do descaso dos governos. E, se hoje o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, uma das causas principais é o descontrole das drogas - afirmou.
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