Mulher de Safadão é acusada de furar a fila da vacina. MP investiga o caso
O Ministério Público do Estado do Ceará instaurou um procedimento, na sexta-feira (9), para investigar um possível caso de fura-fila da vacinação contra a Covid-19, no Estado. No centro das atenções, está o casal, o cantor Wesley Safadão e a esposa dele, Thyane Dantas.
Segundo denúncia ao MP, o casal recebeu a primeira dose do imunizante na quinta-feira (8), na capital, Fortaleza. Safadão estava dentro da idade agendada para aquele dia: 32 anos. O problema é que Thyane tem 30 anos e não poderia ter sido imunizada naquele dia. Ela até poderia ter se imunizado com uma dose da “xepa”, que são doses que sobram nos frascos no final do dia após a vacinação de todos os agendamentos. Mas, a Prefeitura já informou ao Ministério Público que não sobrou doses naquele dia antes das 17 horas.
- Nos casos pontuais de doses remanescentes em frascos, após a total finalização das atividades, as equipes de vacinadores realizam busca ativa de pessoas pertencentes ao público alvo vigente, priorizando sempre os de maior idade. As atividades de vacinação contra a Covid-19, em Fortaleza, nesta quinta-feira, encerraram às 17 horas, não havendo dessa forma doses remanescentes antes desse horário - esclareceu a Prefeitura.
Agora, Safadão também será investigado sob suspeita de que teria se vacinado em local diferente do agendado, optando por escolher o imunizante que queria receber. Em outros Estados do Brasil, o cidadão não fica obrigado a tomar a vacina que o governo estadual estipulou. Mas, no Ceará, de Camilo Santana (PT), os nomes ficam vinculados ao fármaco disponível no momento.
- Para apurar o fato e colher elementos iniciais, o MPCE vai oficiar a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza solicitando detalhes sobre o fato, em especial sobre lista de vacinados, o horário de vacinação do casal e informações a respeito das ‘sobras’ de vacina. O Ministério Público também vai requerer informações sobre os servidores responsáveis pelo preenchimento dos cartões e pela aplicação da vacina - finaliza a nota do MP.
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