Campanha da Balenciaga com erotização infantil causa furor na internet e marca se desculpa: "Nunca foi nossa intenção"

Parecia inofensiva, mas, aos olhos mais acurados, estava tudo milimetricamente planejado e não é de agora.

A Balenciaga, uma das casas de moda da mais alta costura, criada pelo estilista espanhol Cristóbal Balenciaga (1895-1972) e hoje grife pertencente a Gucci, se envolveu em uma polêmica das grandes esta semana. É que há algum tempo, a marca vem inserindo em suas campanhas publicitárias e até mesmo em seus desfiles peças de sexualização infantil, abuso e sadomasoquismo.

A distorção do belo e ursinhos de pelúcia vestidos de BDSM (prática sexual que envolve dor, dominação e submissão) aliado a crianças, é claro que não pegou bem. Mas, também não é recente. A responsável pela erotização é a estilista Lolla Volkova.

É estranho, mas a Balenciaga tem mesclado fotos de ensaios e coleções com referências a casos judiciais que retratam pornografia infantil e abuso de menores. Discretamente e milimetricamente, são colocadas páginas de jornais em que afirmam a produção e comercialização de filmes eróticos infantis não violarem a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

Além disso, a grife coloca inúmeros objetos de fetiche nos ensaios e optou também por inserir um ursinho de pelúcia praticando sexo oral numa boneca de madeira que é bem maior do que o bichinho; causando a ideia de sexo entre adulto e criança. Bizarro, né? Mas, a marca foi além: ela costuma se utilizar das obras do pintor belga Michael Borremans nas suas peças publicitárias e o resultado é um show de horror.

Borremans tem um gosto esquisito para sexualização infantil arquitetada. Ele, que também é cineasta, trabalha imagens de crianças sendo decepadas, abusadas, rituais de sangue, ocultismo e até uma chamada religiosidade obscura.

Mas, o que isso tem a ver com moda? Nada. Faz parte da agenda progressista a que muitas marcas têm se rendido. Relativizar o belo, a dor e a depreciação dos seres humanos faz parte de tudo isso.

Com mensagens subliminares, Lolla Volkova vai, pouco a pouco, normatizando o que, em outras épocas, era tido como anormal. É um aceno "sutil" às práticas de tortura, pedofilia e ao satanismo.

A Balenciaga nega, depois da polêmica, em torno das publicações, a empresa soltou uma nota na internet afirmando que "nunca foi a intenção da grife" incluir narração sobre abusos infantis. Mas, as palavras da Balenciaga diferem - e muito - dos seus posts. Até por isso, eles todos ele foram retirados do ar. Só a nota permanece online.

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