Ministério da Defesa solta nota e afirma: "Embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade de fraude"

O Ministério da Defesa, sob o comando do general Paulo Sérgio Nogueira, soltou uma nota, nesta quinta-feira (10), desmentindo políticos de esquerda, grande imprensa e até o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de que relatório finalizado pelos militares não tinha encontrado fraude nas urnas.

Em nota, a Defesa esclareceu que o trabalho não contou com o apoio da própria corte eleitoral, que se negou a efetuar as sugestões indicadas pelas Forças Armadas e impediu os militares de terem acesso a muitos dados, incluindo o código-fonte.

- Houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linahs de programação.

O Ministério da Defesa disse que houve, sim, "possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas deveido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE, durante a compilação dos código-fonte". E, ainda afirmou que os testes de funcionalidade dos equipamentos eletrônicos, "da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação.

Leia a íntegra da nota:

- Com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório enviado, ontem (9.11), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. 
Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos. Entre eles: - houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte; - os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e - houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.
Em consequência dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento. Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.
Por fim, o Ministério da Defesa reafirma o compromisso permanente da Pasta e das Forças Armadas com o Povo brasileiro, a democracia, a liberdade, a defesa da Pátria e a garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem -

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