MP do TCU pretende impedir que Petrobras distribua "dividendos astronômicos" a acionistas
O Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) quer impedir que, no apagar das luzes, a Petrobras, a segunda petrolífera mais rentável do mundo depois da Saudi Aramco, distribua entre os acionistas R$ 43,7 bi. O valor foi aprovado pelo Conselho de Administração da empresa.
O procurador Lucas Furtado se manifestou contra a distribuição e argumentou que a estatal tem repartido valores astronômicos com os acionistas, sem demonstrar se a divisão pode ou não comprometer a saúde financeira da companhia. O MP pede que o órgão de fiscalização suspenda o repasse dos valores até que se avaliem o fluxo de caixa; já que, na prática, o Conselho aprovou que o dinheiro não entraria no Tesouro do próximo Governo Lula, para ser inserido agora, na gestão atual.
- Decisões da estatal novamente surpreendem com distribuições de dividendos em valores astronômicos. Ratifico minha preocupação no sentido de que possuo receio de que as eventuais distribuições possam comprometer a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazo, indo de encontro ao próprio Plano Estratégico da empresa - explicou.
Os dividendos serão pagos em duas parcelas: 20 de dezembro e 19 de janeiro.
A Petrobras divulgou uma nota, nesta sexta-feira (4), informando que ainda não foi notificada e que, por isso, o pagamento segue o que foi aprovado pelo Conselho no ano passado.
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