Forças Armadas prometem reagir de forma “mais dura”, caso CPI acuse militares de corrupção sem provas

A cúpula das Forças Armadas promete uma reação “mais dura” contra os senadores integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19; caso eles voltem a mencionar suspeitas de corrupção envolvendo militares, sem apresentar provas. Integrantes das Forças ouvidos pelo jornal O Globo afirmaram que “não aceitarão serem desrespeitados” pela CPI e que poderão dar respostas mais críticas.

Nesta quarta-feira (7), senadores membros da CPI insinuaram que havia esquema de corrupção entre a instituição e o Ministério da Saúde do Governo Bolsonaro. Mas, os parlamentares não apresentaram provas. O presidente do colegiado, o senador Omar Aziz (PSD-AM), apesar de proferidas as ofensas, disse que não se referia à instituição, mas a alguns integrantes dela.

Em resposta às acusações sem fundamento da cúpula da CPI, os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica elaboraram nota pública, também nesta quarta, por meio do Ministério da Defesa, em repúdio às declarações de Aziz. O presidente Bolsonaro, que também é militar, passou boa parte do dia focado na articulação da resposta à Comissão.

Aziz reagiu publicamente e alegou que o ato é uma tentativa de intimidação ao Senado.

- Os bons das Forças Armadas devem estar envergonhados - pelo envolvimento de militares nas suspeitas de negociações de vacinas do Ministério da Saúde, acusou.

Roberto Ferreira Dias atribuiu ao ex-Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, a responsabilidade pela compra de imunizantes na gestão do general Eduardo Pazuello.

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