Moraes nega pedido para investigar RadioLão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pediu que a campanha de Jair Bolsonaro (PL) entregasse provas sobre a ausência de mais de 154 mil inserções do conservador que não foram ao ar, entre 7 e 21 de outubro deste ano.
A campanha de Bolsonaro fez duas auditorias para comprovar os dados que analisaram do pool do próprio TSE, uma espécie de armazenamento interno que as rádios encaminham ao tribunal para mostrar que veicularam as peças publicitárias. Mas, ainda assim, Moraes, inesperadamente, negou pedido para investigar o escândalo do RadioLão.
O magistrado, indicado ao cargo na gestão PT-MDB, alegou que Bolsonaro estaria "tumultuando" o processo eleitoral no Brasil e acionou vários órgãos para investigar a campnha do conservador; ao invés de apurar as irregularidades gravíssimas para a igualdade e isonomia do pleito.
O ministro insiste que a campanha de Bolsonaro não "comprovou" a fraude.
- Não bastasse essa alternância de pedidos genéricos, incertos e não definidos, os requerentes não trouxeram qualquer documento suficiente a comprovar suas alegações - despistou.
O presidente rebateu as acusações e destacou:
- Nos surpreende, o senhor Alexandre de Moraes, simplesmente, inverteu o processo. Nos acusar de estarmos gastando dinheiro do fundo partidário com empresas para fazer auditoria. Inclusive, temos duas auditorias contratadas e uma terceira em via de contratação. No que depender de mim, será contratada essa terceira auditoria, porque mais uma prova, se bem que eu acho que nem precisava de mais, que as inserções foram realmente potencializadas e muito para o outro lado. Dezenas de milhares de inserções do outro lado e, do nosso lado, tinha rádio que apareceu quase zero - ressaltou.
Bolsonaro disputa a presidência do país com Lula (PT), cujo partido indicou ao Supremo oito dos 11 ministros atuais.
Nesta quarta-feira (26), o TSE demitiu o servidor que coordenava o pool (arquivo) dos spots de rádio, Alexandre machado, quando ele encaminhou email para a chefa, Ludmila Bold Maluf, para informar que uma rádio do Brasil havia encaminhado email informando que deixou de inserir mais de 100 peças publicitárias de Bolsonaro. Ele foi demitido 30 minutos depois.
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