Enquanto Moraes barra investigação sobre institutos de pesquisa, Câmara vota projeto para punir responsáveis por levantamentos fraudulentos
A Câmara dos Deputados colocou em regime de urgência, para esta terça-feira (18), a proposta que visa punir institutos de pesquisa flagrados divulgando levantamentos fraudulentos.
O projeto está sendo colocado em pauta em caráter urgente depois que as pesquisas divulgadas no primeiro turno destas eleições se mostraram totalmente fora da realidade e dos padrões mínimos exigidos em lei pela corte eleitoral.
Estranhamente, o ministro do STF e atual presidente do TSE, Alexandre de Moraes, indicado ao cargo do Supremo durante a gestão PT-MDB, barrou a investigação dos institutos tradicionais IPEC, Datafolha e Ipespe, que tiveram erros muito à margem do permitido.
Agora, os deputados pautam a proposta em caráter de urgência e tentam diminuir a propagação de levantamentos falsos, que podem influenciar o resultado das urnas e a opinião dos eleitores.
- Este negócio, isso é um grande negócio, vender e divulgar pesquisa errada. É um negócio bilionário. Quando terminou o primeiro turno, a bolsa subiu 5% e o dólar caiu 4%, quem já sabia que a pesquisa estava errada ganhou muito dinheiro, especulou muito no mercado. Então entrou a Polícia Federal investigando, aí o ministro Alexandre de Moraes manda suspender tudo, como se não tivesse nenhum problema para ser resolvido no Brasil. Tomar uma medida para impedir que pesquisas façam resultados tão equivocados como foi em São Paulo, no Rio Grande do Sul… É um desrespeito à inteligência do eleitor - lamentou o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que teve o seu texto incluído no projeto do colega Rubens Bueno, do Cidadania.
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