Com Petro no poder, dólar tem a maior cotação da história na Colômbia

O ex-guerrilheiro, Gustavo Petro, foi eleito presidente da Colômbia em junho deste ano. Quatro meses após sua posse, o país já sofre com a mais alta cotação do dólar, chegando a custa 4.657 pesos colombianos.

No acumulado do ano, já são 13,4% de valorização da moeda americana. Os especialistas dizem que a disparidade se deve muito à alta inflação na Colômbia, elevação das taxas de juros, desaceleração da economia mundial pós-covid e também ao cenário de grande risco para o investidor que se tornou o país depois da posse de Petro. Mas, a verdade é que a alta do dólar ocorre apenas 24 horas depois que Petro dizer - em sua conta no Twitter - que um imposto sobre os fluxos de capitais poderia ser cobrado.

- Faz sentido aumentar as taxas de juros para conter a inflação? Não. Se as taxas de juros forem aumentadas para evitar a fuga de capitais, um imposto transitório poderá ser imposto sobre esses fluxos - avisou o esquerdista.

O ex-ministro da Fazenda da Colômbia, Maurício Cárdenas, discordou da ideia de Petro de controlar o capital e adiantou que esse tipo de medida leva a maior desvalorização do peso.

- As duas moedas mundiais que mais caem hoje são o rublo russo e o peso colombiano. Os dois exportadores de petróleo cujo preço está subindo. Qual é a explicação? Não é economia. É política - disse, referindo-se ao novo regime adotado pelo país.

Enquanto a Colômbia tem ido de mal a pior, o Brasil segue como um dos países que menos sofreu as consequências da pandemia do coronavírus, o Real, moeda brasileira, se valorizou frente ao dólar, que hoje vale R$5,21. E, embora o cenário mundial seja negativo para 2023, Paulo Guedes, Ministro da Economia do Governo Bolsonaro, promete crescimento de 3,5% ao ano em terras brasileiras.

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