PL contesta segurança das urnas: "Um grupo restrito de servidores pode manipular o resultado das eleições sem deixar rastro"

O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, divulgou nota, nesta quarta-feira (28), em que contesta veemente a segurança das urnas eletrônicas e afirma que "um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE poderia manipular o resultado da eleição, sem deixar qualquer rastro".

Balanço feito pela auditoria da sigla aponta falhas no processo eleitoral brasileiro.

- Os pontos falhos mais significativos estão relacionados à Governança e Gestão de Segurança e de Tecnologia da Informação (TI). A auditoria do Partido Liberal (PL) utilizou uma lista de avaliação e controles com 215 questões propostas com base no Anexo A da norma ABNT de Sistemas de Gestão da Segurança da Informação – Requisitos (NBR ISO IEC 27001 de 2013). O TSE satisfaz plenamente apenas 5% dos requisitos para atender à certificação por esta norma de segurança - diz a nota.
- Grandes organizações, com alto investimento em segurança da informação, frequentemente, têm sido alvo de sequestro dos seus sistemas, por organizações criminosas com objetivo de extorsão. O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias, gera vulnerabilidades relevantes. Isto poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro - acrescenta a legenda.
- Somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE controla todo o código fonte dos programas da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Sem qualquer controle externo, isto cria, nas mãos de alguns técnicos, um poder absoluto de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro. Não foram encontrados os procedimentos necessários para proteger estas pessoas expostas politicamente (PEP) contra a coação irresistível, gerando outro risco elevado - explica.

Descontente, como sempre, com as críticas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, limitou-se a dizer que as declarações são "falsas e mentirosas e sem nenhum amparo na realidade", de acordo com ele.

Por não admitir opiniões contrárias ao processo eleitoral do Brasil, Moraes, em decisão monocrática, incluiu o PL no inquérito das Fake News que ele mesmo criou à revelia do Ministério Público Federal.

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