Turismo doméstico deve voltar ao nível pré-pandemia no final do ano
Um dos setores mais prejudicados com a pandemia da Covid-19 no Brasil e as duras medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos, o turismo deve voltar a crescer e se normalizar. Isso porque o avanço da vacinação contra o coronavírus e a demanda reprimida por viagens elevam as projeções para a retomada do mercado.
Mas, o crescimento não será imediato. Deve acontecer ainda este ano e perdurar por 2022 e 2023, retornando, então, ao patamar de 2019. A CVC Turismo, uma das maiores operadoras do país, mostra que a recuperação do setor é puxada pelo segmento doméstico. As reservas de viagens para destinos dentro do país estão em constante crescimento e, no primeiro trimestre deste ano, alcançaram 63,3% do registrado no mesmo período de 2020.
- Seguramente, o mundo vai estar praticamente normal quando a gente olha para o turismo doméstico - afirma o CEO da companhia, Leonel Andrade.
- O grande impulsionador disso, sem dúvida, é a vacinação. Portanto, 100% da nossa energia deve estar focada para que a imunização ande rápido e com sucesso -
Com operações em 110 países, o conglomerado de hotéis Accor projeta que o ritmo de recuperação no Brasil será semelhante ao acompanhado na Europa, onde as viagens internas já voltam ao “velho normal”.
- A partir de setembro, deveremos ver no Brasil sinais de atividades comparáveis aos da Europa - diz o CEO da Accor para a América do Sul, Thomas Dubaere.
- Estamos vendo a luz no fim do túnel, mas temos consciência de que o Brasil é um país enorme, então vai demorar um pouco mais de tempo (para a imunização) do que nos países menores da Europa - afirma Dubaere.
O medo de sair de casa para o exterior, onde a disseminação do coronavírus ainda é alta e a restrição de brasileiros a outras nações podem ser os dois motivos que levaram à crescente demanda pelo mercado de viagens internas.
- Na comparação com 2019, ainda estamos muito atrás, mas já estamos muito melhores do que em 2020, o auge do desconhecido - afirma o CEO da CVC.
- Enquanto isso, a cadeia de suprimentos estava crescendo 2,3% ao ano. Os números mostram que vamos voltar ao que tínhamos antes, só que infelizmente perdemos um ano e meio - aponta Dubaere.
O turismo de lazer é o carro-chefe para esse momento de recuperação p-os-pandemia. Esse segmento sempre foi líder de vendas na CVC, com quase 80% do mercado.
- A classes mais altas estão finalmente conhecendo o Brasil e o país conta com uma boa estrutura para isso - finaliza Andrade.
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