Primeiro debate dos presidenciáveis centra críticas a Bolsonaro
O primeiro debate entre os presidenciáveis, como já era de se esperar, centrou críticas e acusações ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
A senadora de oposição Simone Tebet (MDB), que não quis investigar a corrupção de governadores na utilização dos recursos federais de combate à Covid-19, foi a que mais atacou o conservador; acusando Bolsonaro de se negar a vacinar os cidadãos e de não ter empatia com o povo brasileiro.
Porém, em sua primeira pergunta para Lula (PT), preso e condenado pela operação "Lava-Jato" por corrupção e lavagem de dinheiro, Bolsonaro citou R$ 900 bilhões que foram desviados da Petrobras, estatal aparelhada pelo Partido dos Trabalhadores.
- Um governo feito a base de roubo. Essa roubalheira era para conseguir apoio dentro do parlamento. Assim sendo, nada justifica essa resposta mentirosa. O governo mais corrupto da história do Brasil - afirmou o chefe do Executivo Nacional.
O petista desviou da resposta e desconversou do assunto alegando que Bolsonaro usava números irreais. Foi vaiado, enfim, quando disse que a Justiça o tinha considerado inocente. Na verdade, nem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou que ele é inocente. Os magistrados, em sua maioria, indicados pelo PT, anularam as sentenças argumentando que o Foro que condenou o petista não era competente. Ele continua acusado pelos crimes.
A desconhecida Soraya Thronicke (União Brasil) ganhou seus minutos de fama ao atacar Bolsonaro, quando ele desmentiu a jornalista Vera Magalhães afirmando ela ser "mentirosa e uma vergonha para o jornalismo brasileiro".
A parlamentar, usando do seu tempo, declarou:
- Quando homens são tchuchucas com outros homens, mas vem pra cima da gente sendo tigrão fico bem incomodada. No meu Estado, tem mulher que vira onça e sou uma delas. Não aceito esse tipo de comportamento, de disseminar ódio e nos separar - disse.
O destaque foi para Lula tentando elogiar Ciro Gomes (PDT), seu ex-ministro da Integração, e tentar abocanhar os eleitores dele em um possível segundo turno. Não conseguiu. O pedetista o chamou de "encantador de cobras" e os elogios, rapidamente, se transformaram em farpas com o petista o acusando de ter viajado para França no último pleito só para não votar.
Felipe D'Ávila (Novo), apesar de ter feito críticas ao Governo Bolsonaro, também centrou sua atenção em Lula e, por isso, afirmou que o agro era o setor mais importante de atividade econômica do Brasil e não poderia ser chamado de fascista como o petista declarou em sabtina no Jornal Nacional.
Bolsonaro ressaltou a economia crescente, geração de empregos, trabalhos sociais, Auxílio Brasil de R$ 600, a escolha de ministros altamente qualificados e argumentou que nunca teve problemas com os ministros do Supremo. Mas, é verdade que alguns tentam usurpar um poder que não é o seu e que por isso há atritos.
- Não tenho problema com poder nenhum, mas alguns ministros querem interferir no poder Executivo - finalizou.
Na enquete do UOL sobre quem foi o melhor, Bolsonaro segue na frente com mais de 70% dos votos.
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