Brasil tem 346 escolas públicas chamadas Paulo Freire, onze que homenageiam Che Guevara e quatro Marighella
Há várias formas de se homenagear um intelectual no Brasil. Em alguns casos, as ruas e avenidas levam o nome de pessoas ícones, aquelas que fizeram grandes feitos para o bem do país. Em outras ocasiões, há estátuas, praças e até monumentos que guardam a eterna lembrança daqueles que se foram. Mas, no caso da educação, as escolas municipais e estaduais costumam levar o nome de quem logrou êxito na área.
Um levantamento feito pelo jornal Gazeta do Povo constatou que 346 escolas brasileiras foram batizadas de Paulo Freire, o filósofo queridinho da esquerda e o responsável pelo estudo a "Pedagogia do Oprimido".
O veículo de comunicação descobriu que o esquerdista teve o nome inserido nos umbrais das insituições educacionais até mais vezes que Rui Barbosa, que ficou em 345 delas.
Na lista do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem outros nomes consagrados, claro, como Monteiro Lobato (319), Santos Dumont (147), Getúlio Vargas (232) e Cecília Meireles (145). Mas, o que assusta mesmo é ver nomes de terroristas e guerrilheiros como Ernesto Che Guevara (11) e Carlos Marighella (4) sendo recordados com grande honra.
O ex-presidente Lula (PT), que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro pela maior força-tarefa anticorrupção do Brasil, dá nome a seis escolas. A mulher dele, Marisa Letícia, morta em 2017 e que havia ficado milionária vendendo produtos da Avon, foi homenageada em quatro estabelecimentos educacionais.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que aumentou o teto salarial dos professores e deu desconto de 95% nas dívidas universitárias do Fies, não recebeu nenhum gesto de gratidão. Pelo menos, não diretamente. O pai dele, Percy Bolsonaro, foi agraciado com uma unidade militar em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro; comprovando que os batismos ainda estão muito vinculados com a questão ideológica de quem os administra.
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