Cônsul da Alemanha é preso por suspeita de matar o marido no Rio de Janeiro
O cônsul da Alemanha, Uwe Hahn, foi preso em flagrante na capital do Rio de Janeiro, neste sábado (6). Ele é suspeito de matar o próprio marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos.
Os dois moravam em uma cobertura, em Ipanema, e a polícia e o Corpo de Bombeiros foram chamados para socorrer uma vítima de suposto mal súbito. Mas, ao chegar ao local, a perícia constatou que Biot tinha lesões em várias partes do corpo.
O cadáver do belga, de acordo com os peritos, apresentava mais de 30 lesões, como equimoses, escoriações e outros tipos de ferimentos, espalhados pelos braços, pernas, tronco e cabeça.
O cônsul foi abordado por policiais ainda no Instituto Médico Legal (IML) e teve que acompanhar os agentes até a delegacia onde foi detido em flagrante.
Ele continua afirmando que não matou o companheiro. Porém, testemunhas já foram ouvidas e novas diligências serão realizadas.
Hahn passará por audiência de custódia dia 7 de setembro.
O consulado ainda não se manifestou sobre o caso.
Os dois homens estavam casados há 23 anos.
- As lesões não são típicas de queda da própria altura e se distribuem por várias partes do corpo, entre elas as chamadas áreas de defesa e ataque ou armas naturais, como antebraço, mãos e pernas, além das fatais na cabeça - explicou a delegada do caso, Camila Lourenço, assistente da 14ª DP em Leblon.
- Observamos que nem todas as equimoses são planas, algumas apresentam um pontilhado indicando que pode ter sido utilizado um objeto com pontos impactantes nas agressões. A maioria dos ferimentos são equimoses recentes, mas há indícios de algumas antigas também -
- É importante destacar que o tipo, o formato e a distribuição dessas lesões sugerem a prática de sadomasoquismo, o que precisa ser mais profundamente investigado - finalizou.
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