Mais de R$ 240 mil gastos com julgamento da Boate Kiss e agora Justiça determina que o júri foi anulado
As anulações de julgamento no Brasil não prejudicam apenas os familiares da vítimas que vivem uma verdadeira montanha-russa de sentimentos: ora tristes pela perda do ente querido e ora satisfeitos com a condenação dos acusados.
O grande problema está no que vem depois: as possíveis anulações do julgamento.
Isso porque, no Brasil, os julgamentos não são permanentes e podem ser anulados, se a defesa dos acusados comprovar algo novo. Foi o que ocorreu com o Caso da Boate Kiss.
Em dezembro de 2021, Elissandro Callegaro Spohr (dono da boate), Mauro Londero Hoffmann (sócio da Kiss), Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da Banda Gurizada) e Luciano Bonilha Leão (assistente da banda) foram condenados a penas que variavam de 18 a 22 anos pelas 242 mortes no estabelecimento e outras 636 tentativas de homicídio.
Mas, eis que não havia decorrido nem um ano da sentença final e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) resolveu anular o júri, causando um rombo de R$ 243.482,67 aos cofres públicos.
R$ 164 mil foram gastos só na transmissão e filmagem do júri. Ainda tiveram R$ 10.993,50 para hospedagens de jurados e outros R$ 67.706,30 para alimentação.
Despesas com energia, internet e reforma do auditório nem puderam ser individualizadas, mas houve gasto com todas elas.
Um desperdício gigantesco de recursos públicos, que poderia ser evitado se as decisões sobre os julgamentos não fossem, seguidamente, contestadas.
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