Eleições regionais na França derrotam Emmanuel Macron e Le Pen
Nem Emmanuel Macron nem a líder da direita, Marine Le Pen. Os franceses foram às urnas para escolher os presidentes dos 13 conselhos regionais, que são cargos parecidos com os de governadores. Mas, não optaram por indicados de ambos os lados.
O fato é curioso e demonstra o nível de insatisfação da população depois de um ano pandêmico muito conturbado na França. Estudantes universitários e jovens foram os que mais sofreram com os cortes de gastos do Governo Macron e as duras medidas restritivas impostas no país. Às vésperas da corrida presidencial, os partidos “A República em Marcha”, de Macron, e Reunião Nacional, de Le Pen, não conquistaram nenhum cargo.
Partidos e coalizões governistas de direita foram eleitos em sete conselhos, enquanto os de esquerda em cinco e os regionalistas em um. Os resultados indicam que a direita tradicional, pelo Partido Socialista e pelo “Os Republicanos”, está voltando com força. Sinal de que os franceses querem mudança porque ambas as siglas foram esmagadas com a vitória de Macron, em 2017.
Analistas políticos, porém, pedem cautela ao dizer que a situação pode se repetir nas eleições presidenciais de 2022. Segundo eles, a baixa participação do eleitorado francês (66,7% dos cidadãos não foram às urnas), uma abstenção recorde nas regionais.
Mas, o tapa no rosto que Emmanuel Macron levou, recentemente, em viagem pelo país, pode ser um indicativo que a situação pode mudar.
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