Bolsonaro e Lira propõem CPI para investigar diretoria da Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro (PL) desistiu de argumentar com a diretoria e o Conselho Administrativo da Petrobras e partiu pro ataque, nesta sexta-feira (18). Em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal, ele disse que articula com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa para investigar a postura da estatal e os motivos que levaram a empresa pública a reajustar tantas vezes o combustível no Brasil; mesmo depois de todas as tentativas do Governo Federal em reduzir o valor.
- Nossa ideia é propor uma CPI para investigar a Petrobras, seus diretores e os membros do Conselho. Queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles, porque não é possível se conceder um reajuste com o combustível lá em cima e com os lucros exorbitantes - adiantou Bolsonaro, nesta sexta-feira (17), durante entrevista à Rádio 96 FM, de Natal.
Nesta sexta-feira, a Petrobras anunciou aumento do diesel em 14,26% e para a gasolina, 5,18%. O reajuste ocorre dias depois que o Governo Federal propôs aos governadores a limitação da cobrança do ICMS (imposto estadual) em 17% para que o preço final do combustível não saísse caro demais ao consumidor. Em troca, Bolsonaro reembolsaria os estados que se sentissem prejudicados com a nova taxação.
Feita a proposta, ela foi aprovada na Câmara e também passou com louvor no Senado. Mas, o Conselho de Aministração da Petrobras realizou reunião "de emergência" no feriado de Corpus Christi e anunciou novo reajuste.
- Uma traição para com o povo brasileiro - definiu o presidente.
- O lucro da Petrobras é uma coisa que ninguém consegue entender. Ela lucra seis vezes mais que a média que as petrolíferas de todo mundo. As petrolíferas fora do Brasil reduziram seu lucro, mas continuam tendo lucro para, exatamente, atender a população no momento difícil, porque isso tudo é fruto de uma guerra longe do Brasil - acrescentou.
A Petrobras limitou-se a repetir a mesma ladainha de sempre: que os combustíveis no Brasil estavam há dias sem ser "atualizados" e que precisam seguir os mesmos valores do mercado externo.
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