Em Aracaju, igreja envangélica é acusada de homofobia por ter negado batismo nas águas a um fiel gay
Neste domingo (15), a cerimônia de batismo do fotógrafo, Pedro Poderoso, foi interrompida devido à orientação sexual dele. Segundo ele, membros da igreja o retiraram do altar, afirmando que ele não poderia ser batizado por ser gay. Em seguida, ele foi convidado para falar com o pastor.
- Eu fui chamado por um líder e levado a uma sala, onde ele me informou que o pastor gostaria de falar comigo e, chegando lá, ele me informou que eu não poderia ser batizado porque eu era homossexual e casado com outro homem. Sendo que toda a igreja sabia do meu relacionamento com o meu esposo. Eu já frequentava a igreja há um ano. Não era novidade o nosso relacionamento argumentou.
Pedro também disse que fez um curso preparatório de seis semanas para ser batizado e que em nenhum momento foi dito a ele que não poderia participar da cerimônia.
- Eu fazia parte de uma turma de preparação e durante todo esse curso eu não fui informado em momento algum que não poderia participar do batismo - contou.
O fotógrafo acionou um advogado para tomar conta do caso e fez um boletim de ocorrência ao Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV).
Em nota, a Igreja Presbiteriana Renovada de Aracaju afirmou que o congregado não está apto para participar do ato batismal porque ele teria que entender que a conversão a Cristo é uma vida de "novos passos" e que ele foi comunicado do impedimento em espaço privativo, na secretaria do templo, para evitar constrangimentos.
- No dia de ontem, um congregado, candidato ao batismo, por não estar apto, segundo as normas internas da IPRA e nossa regra máxima de fé e prática, a Bíblia Sagrada, não pôde participar do ato batismal - informou o comunicado.
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