VÍDEO: “Técnicos do TSE sabem que urna eletrônica não é segura ou transparente”, afirma Bia Kicis

A deputada federal e procuradora aposentada do DF, Bia Kicis (PSL-DF), em entrevista ao programa “Morning Show”, da Jovem Pan, nesta quinta-feira (24), comentou sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e a votação da PEC do voto auditável impresso.

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) afirmou que a reunião feita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na segunda-feira (21), foi reveladora ao confirmar que o esquema atual de votação no Brasil não é tão transparente quanto deveria ser.

- Dá para entender que é um processo, altamente, sofisticado e que, cada vez mais, afasta o eleitor e os partidos políticos do processo eleitoral, tudo concentrado na mão de tecnocratas e o povo brasileiro não tem como acompanhar de verdade o que acontece. Você tem que acreditar - denunciou.

A deputada disse que os técnicos que acompanharam o grupo de parlamentares não tinham permissão para falar sobre o assunto, mas “sabem que urna eletrônica não é segura, transparente ou auditável” e audiências públicas realizadas, na terça-feira (23), tiveram falas que reforçavam o ponto de vista desses especialistas.

Bia Kicis acredita que membros do próprio TSE estão convencendo os ministros de que a máquina eleitoral é segura; gerando uma campanha contra a PEC.

- O que acontece é que a gente vê uma resistência absurda do TSE, a quem compete cumprir a lei, não ficar resistindo à lei, ou pior, fazer campanha contra algo que está sendo objeto de um processo legislativo. Isso sim é um ataque à democracia - disparou.

A deputada esclareceu que a aprovação do voto auditável não vai tirar a urna eletrônica do jogo. Por isso, não há o que discutir sobre “retrocesso”.

- O eleitor não pode ficar com ônus de provar a fraude. Isso é uma prova diabólica. Quem teria que provar que não é possível ter fraude é o TSE e isso ele não pode fazer, porque todas as auditorias já disseram, comprovaram, que o sistema não é auditável. Vários técnicos já me mostraram evidências fortíssimas de fraude. Agora, fica muito difícil você provar com provas juridicamente aceitáveis - argumentou, informando que o voto eletrônico auditável adicionaria uma impressora à urna, imprimindo imediatamente as cédulas para conferência posterior, caso seja necessário.
- Se eu não posso provar que houve (fraude), o TSE não pode provar que não houve. O grave problema é esse: o nosso sistema não deixa rastro - disse, completando que o sistema eleitoral atual tenta convencer o candidato perdedor de que ele perdeu, mas isso não é possível.

A expectativa é que a PEC seja votada na semana que vem, em uma comissão especial, siga ao plenário da Câmara e seja votada por deputados em julho, antes do recesso deste ano.

A PEC tem que ser votada no Senado, entre o final de setembro e o início de outubro; já que o projeto precisa ser aprovado com um ano de antecedência da próxima eleição.

- Dá tempo e vai ser aprovado. Para vocês terem uma noção, em dezembro de 2019, quando apresentei essa PEC na CCJ, ela foi aprovada por 33 votos favoráveis e apenas cinco contrários. Sabe por quê? Porque lá o TSE ainda não tinha entrado em campo, nessa campanha contra essa evolução no nosso sistema. E, aí, entrou de uma forma que a gente diz que não é muito republicana, não, porque presidente do TSE virar garoto propaganda contra uma medida que está sendo analisada e votada no Congresso é um desrespeito, inclusive, ao parlamento e ao processo legislativo - concluiu.

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