Fachin rebate Bolsonaro e diz que presidente quer a "subversão do processo eleitoral"
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse, nesta sexta-feira (13), que quem desejar fazer atualizações no processo para deixá-lo mais seguro terá que retirá-lo do cargo, antes.
A declaração do juiz foi dada no Congresso Brasileiro de Magistrados, que aconteceu em Salvador (Bahia) e vem após o presidente jair Bolsonaro (PL) afirmar que irá utilizar uma medida constitucional, prevista em lei, para garantir a lisura do pleito deste ano. O Planalto se refere á contratação de uma empresa de auditoria particular pelo PL para apurar se as eleições estão sendo realizadas sem fraude.
Para quem não se lembra, foi Fachin quem anulou todas as sentenças de Lula (PT) na "Lava Jato", tornando o principal oponenete de Bolsonaro elegível este ano; mesmo o petista tendo sido condenado em várias instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a Lei da Ficha Limpa, ele estaria impossibilitado de concorrer na disputa.
Alegando que um Poder não pode interferir em outro, Fachin disse que não deixará que retirem dos magistrados a autoridade de decidir.
- (...) A Constituição permite os poderes que são próprios e exclusivos da Justiça Eleitoral. Não permitiremos a subversão do processo eleitoral. E digo com todas as letras, para que não tenham dúvida: para remover a Justiça Eleitoral de suas funções terão que antes remover este presidente da sua presidência. Não cederemos. Diálogo sim, joelhos dobrados por submissão, jamais - alegou Fachin, omitindo que o STF atrapalha o desenvolvimento das atividades do Executivo Federal.
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