Diretor da OMS diz que aborto "salva vidas"

O diretor-geral da Organziação Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, resolveu entrar na polêmica sobre a derrubada de uma lei nos Estados Unidos que permite o aborto. Nesta quarta-feira (4), ele opinou sobre o caso e disse que o aborto "salva didas".

- As mulheres devem ter sempre o direito à escolha quando se trata de seu corpo e sua saúde. Restringir o acesso ao aborto não reduz o número de procedimentos, apenas leva as mulheres e meninas a realizarem procedimentos inseguros - alegou.

A declaração de Tedros Adhanom veio após a imprensa americana ter acesso e divulgar documentos que comprovam que o ministro da Suprema Corte, Samuel Alito Jr, que é um juiz conservador, tem conversado pessoalmente com cada um dos seus pares na tentativa de convencê-los a revogar a regra.

Alito já conseguiu que alguns integrantes da Corte revissem as próprias opiniões sobre o caso e promete dividir o país; já que em alguns Estados americanos a lei continuará vigente e em outros, não. 

- A Constituição não faz referência ao aborto e tal direito não é, implicitamente, protegido por qualquer disposição constitucional. (...) A Constituição não proíbe os cidadãos de cada Estado de regular ou proibir o aborto. (Os casos) Roe e Casey arrogaram essa autoridade. Agora, anulamos essas decisões e devolvemos essa autoridade ao povo e a seus representantes eleitos - disparou Samuel Alito, que é um jurista por travar batalhas polêmicas dentro e fora dos tribunais.

Os juízes Clarence Thomas, Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett já teriam endossado a posição de Alito. Mas, a oposição ao magistrado tem se organizado e integrantes da Corte com viés progressista (Stephen G. Breyer, Sonia Sotomayor e Elena Kagan) estariam atuando nos bastidores para desfazer o que Alito prega.

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