Histórico: Suprema Corte dos Estados Unidos deve abolir a lei do aborto no país
Quem está tentando reverter a lei do aborto nos Estados Unidos é o juiz Samuel Alito Jr. Ele é considerado pelos seus oponentes como um jurista conservador e trava uma batalha dentro e fora da Justiça pela anulação da regra.
O magistrado já conseguiu que alguns de seus colegas revissem as próprias opiniões sobre o caso e promete dividir o país; já que em alguns Estados americanos a lei continuará valendo e em outros, não. Mas, Alito não está muito preocupado com isso. Ele enxerga a mudança de decisão como um grande passo a favor da vida.
- A Constituição não faz referência ao aborto e tal direito não é implicitamente protegido por qualquer disposição constitucional. (...) A Constituição não proíbe os cidadãos de cada Estado de regular ou proibir o aborto. (Os casos) Roe e Casey arrogaram essa autoridade. Agora, anulamos essas decisões e devolvemos essa autoridade ao povo e a seus representantes eleitos - escreveu Samuel Alito.
Quatro juízes (Clarence Thomas, Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett) já teriam endossado a posição de Alito. Mas, outros magistrados ligados à ala mais progressista (Stephen G. Breyer, Sonia Sotomayor e Elena Kagan) estariam atuando para convencer colegas a mudar de posição.
Alito, que é um juiz católico praticante, já defendeu temas polêmicos em outras ocasiões como uma lei que de 1991 em que a mulher foi obrigada a notificar o marido em caso de opção pelo aborto e menores teriam que ter autorização dos pais para fazer o procedimento. Além disso, em 1996, ele limitou os casos de discriminação sexual e, em 1999, ele anulou um regulamento que proibia os policiais de deixarem a barba crescer.
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