Novos lockdowns em Xangai e Pequim prometem inflacionar o mundo
O governo comunista da China fechou Xangai e Pequim para, supostamente, conter nova onda de infecção pela Covid-19.
O presidente Xi Jinping adota uma política sanitária, que ele mesmo denominou de "Covid Zero", em que pretende eliminar as contaminações nas duas metrópoles.
O problema dessa decisão é que a produção industrial para e afeta não só o país asiáticos mas outros ao redor do mundo porque a cadeia global de suprimentos é muito interligada. Especialistas acreditam que a falta de insumos provenientes da China serão os responsáveis por uma nova inflação no planeta.
Pequim trabalha com muitos produtos de tecnologia para celulares e computadores e está cheia de centros acadêmicos online e presenciais e Xangai, por sua vez, tem a maior bolsa de valores do país e também trabalha com insumos tecnológicos. Além do mais, é a terceira capital do mundo que mais comercializa cobre, borracha e zinco.
- Tudo o que a China produz e exporta ou importa vai ficar travado. O tempo de espera dos navios por mercadorias nos portos vai aumentar, elevar o custo de logística e reduzir a oferta de produtos no mundo, fazendo com que os preços aumentem - explica o professor Josilmar Cordenonssi, professor de Economia do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA), da Universidade Mackenzie.
- (...) Como a China tem uma participação muito grande no comércio mundial, vai afetar o resto do mundo - antecipa Cordenonssi, acrescentando que a indústria automobilística no Brasil é uma das mais afetadas pelos lockdowns; o que deve gerar escassez na produção e encarecer o valor final dos veículos.
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