Eleito presidente mais jovem do Chile, Boric tem dificuldade para governar
Aos 35 anos, o ex-líder estudantil, Gabriel Boric, tomou posse no Chile com uma grande expectativa da população. Mas, logo de cara, implementou medidas pra lá de estranhas: acabou com as Forças Armadas no país e as substituiu por uma espécie de segurança ou milícia ao "estilo chavista", de quem, por sinal, é amigo.
Mas, passado um mês da posse, Boric já encontra dificuldade para governar. Os deputados - inclusive os aliados - querem autorizar os chilenos a realizarem um quinto saque das poupanças de suas aposentadorias. O governo é contra, mas tem recebido oposição de todos os lados e o jovem presidente não sabe como resolver esse impasse.
A verdade é que os parlamentares acreditam que Boric até poderia ser respeitado entre centrais estudantis, mas não tem força política para impor sua opinião no Congresso. Ele não tem articulação e, infelizmente, o que os deputados decidirem ali irá repercurtir na economia do país.
A população também tem sentido que Boric é muito "manso" para o cargo e "bate o pezinho" apenas em questões de ideologia, aborto e "otras cositas más". Não é à toa que a popularidade dele despenca em pouco tempo tal qual a do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os eleitores têm percebido e criticado o presidente; já que ele tem mudado de opinião em questões de finanças: quatro iniciativas que ele tinha sido opositor durante o Governo de Sebástian Piñera, agora se diz a favor e tem gerado instabilidade no país essas alterações.
O Governo de Boric faz um grande esforço para tentar minimizar os saques de até 10% dos contribuintes em suas poupanças previdenciárias. Mas, os legisladores afirmam que a medida é mais que necessária. Pois, passando por uma crise, os chilenos não têm como quitar pagamentos de pensão alimentícia, hipotecas, luz, água e outras contas. Mas, para o ministro da Fazenda, Mário Marcel, essas dívidas não inflacionam e podem aguardar.
Agora, só resta saber quem vai ganhar essa "quebra-de-braço".
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