Silveira passa a noite na Câmara para evitar que Moraes coloque tornozeleira eletrônica nele
Desde fevereiro de 2021, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) reveza a prisão domiciliar com a detenção em sistema penitenciário. A confusão ocorreu, quando o parlamentar criticava a postura política de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiam sobre assuntos que interferiam em outros poderes.
Alexandre de Moraes, integrante da corte, se sentiu ofendido na época e determinou a prisão de Silveira sob a alegação de que ele ameaçava as instituições democráticas do país e os magistradados. De lá prá cá, a vida do deputado tem sido um inferno. Recentemente, ele até foi "solto", mas seu martírio não havia terminado. É que Moraes decidiu lhe impor novamente a tornozeleira eletrônica.
Para evitar usar o objeto novamente, Daniel Silveira entrou no Plenário da Câmara ontem e não saiu mais. Ele tem dois objetivos em vista: o primeiro é que ele deseja que os seus pares na Casa se manifestem contra as decisões monocráticas de Moraes e suas prisões abusivas contra jornalistas, congressistas e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em segundo lugar, ele quer constastar se o magistrado teria coragem de mandar prender um deputado dentro da própria Câmara.
- O Plenário é inviolável! Quero saber até onde ele vai, já que um deputado é soberano no Plenário - disparou.
- Vocês fazem ideia do que está acontecendo? O ministro já desbordou todas as legalidades constitucionais, mas a mídia aplaude. Vocês não vão acordar? Vocês não estão vendo que é um ministro cometendo um bando de atrocidades jurídicas - disse em entrevista aos jornalistas.
Sobre as acusações de que teria ameaçado os ministros da Suprema Corte, Silveira argumentou que o Tribunal gasta R$ 80 milhões para pagar seguranças aos ministros e que, por isso mesmo, eles não têm o direito de se sentir em perigo.
- Ataque ao Supremo? Ataque foi em 1985, quando o Cartel de Medellín explodiu o Palácio da Justiça (da Colômbia). Isso é ataque! Ele gasta, em quatro anos, R$ 80 milhões em segurança, não tem o direito de se sentir com medo - finalizou.
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