Após 18 anos, cientistas aprovam novo remédio contra o Alzheimer
Sem novidades nos medicamentos para controle da doença há 18 anos, o Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta os remédios nos Estados Unidos, aprovou o Aducanumab, que será comercializado com o nome de Aduhelm e é desenvolvido pelo laboratório Biogen. O fármaco promete desacelerar o processo de perda cognitiva, mas apenas em casos iniciais da doença.
O Alzheimer é uma doença progressiva, sem cura, que se desenvolve de forma ardilosa, com perda da memória e piora do desempenho das funções do dia-a-dia. A tendência é que ela aumente muito nos próximos anos com o envelhecimento da população. O Brasil, por exemplo, possui, aproximadamente, 1 milhão de pessoas com o Alzheimer detectado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de ser uma moléstia ainda incompreensiva, os pesquisadores já sabem que um dos fatores que leva ao declínio cognitivo progressivo do Alzheimer é o depósito da proteína B amilóide no cérebro. O Aduhelm vai agir, diretamente, contra o acúmulo dessa proteína. Mas, há um detalhe: o remédio só é indicado para casos iniciais do problema.
Embora promissor, o fármaco ainda não tem data para chegar ao Brasil. Ele será avaliado e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assim que tocar solo brasileiro. Além disso, o tratamento anual vai custar ao paciente R$ 282 mil.
A última aprovação de um remédio para a doença no Brasil foi em 2003.
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