"Sou o ministro que mandou 730 prefeitos para o TCU em 15 meses por desvio", afirma Milton Ribeiro
O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou, nesta quarta-feira (23), que vá deixar o cargo e disse que já conversou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre áudio vazado pelo Jornal Folha de S.Paulo em que, supostamente, diria privilegiar amigos pastores.
Ribeiro afirmou que a liberação de verbas da pasta segue um protocolo "técnico", assim como em outros ministérios do Governo Bolsonaro e que não houve favorecimentos aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
- Em nenhum momento, o presidente pediu tratamento especial - reforçou.
Assim que a notícia saiu na mídia, opositores do Governo Federal como o senador Randolfe Rodrigues, que foi vice-presidente da CPI da Covid e há anos tenta encontrar um crime contra o presidente, foi um dos primeiros a comemorar o "escândalo de corrupção" e escreveu nas redes sociais:
- (...) Em qualquer país decente, cai o ministro junto com o presidente! - alegou.
Milton Ribeiro, no entanto, garantiu que não deixará o cargo. Mas, faz questão de prestar depoimento na Câmara e no Senado.
- Nunca pensei (em pedir para sair). Eu acho que tortuoso é o caminho de um homem carregado de culpa. O meu caminho está reto, não tenho o que falar [...] Estou firme. Eu quero deixar um legado para minha geração - concluiu.
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