Presidente da Colômbia critica a descriminalização do aborto: "Cinco pessoas não podem propor algo tão atroz"
O presidente da Colômbia, Iván Duque, criticou, na semana passada, a aprovação do aborto pela Corte Constitucional do país, uma espécie de Supremo Tribunal Federal (STF).
Duque qualificou a legalização do aborto até os seis meses de gestação como "algo tão atroz" e disse que "cinco pessoas" estariam propondo mudanças drásticas a toda uma sociedade.
- Estamos diante de uma decisão que diz respeito a toda a sociedade colombiana e cinco pessoas não podem propor algo tão atroz para uma nação como permitir que uma vida seja interrompida até no sexto mês de gravidez - censurou o presidente, um dia após o procedimento ter sido descriminalizado.
A votação do procedimento foi muito acirrada e a Corte colombiana conseguiu, por cinco votos a favor e quatro contra, que o aborto só será punível quando for realizado após a vigésima quarta semana de gestação e, em todo caso, esse prazo não se aplicará aos três casos estabelecidos, previamente, como estupro, malformação do nascituro ou perigo para a vida da mãe, mesmo se ocorrer depois dos 6 meses.
Iván Duque lamentou a aprovação e disse que sempre foi "a favor da vida”.
- Acredito, também como a própria Corte Constitucional afirmou há muito tempo, que a vida começa com a concepção - lembrou, acrescentando que muitas mulheres utilizarão o aborto como método contraceptivo.
- Precisamos também abordar essa discussão no órgão que realmente lhe compete, que é o Congresso da República, como vários dos magistrados assinalaram no seu voto - salientou.
Duque disse ter recebido com surpresa a maior parte da Corte Constitucional se pronunciar a favor da interrupção da gravidez até os 6 meses de gestação porque o próprio Judiciário se opôs ao tema em 2006, quando permitiu o aborto apenas em três situações.
- A Corte já tinha se pronunciado sobre esta matéria há bastante tempo, em 2006, e a Corte tinha estabelecido três causas excepcionais para a interrupção da gravidez - recordou.
- (...) Estamos falando de interromper uma vida que tem um processo de evolução muito claro - finalizou.
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