Moraes e Fachin entregam convite a Bolsonaro e fica evidente tom de ameaça do TSE

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Edson Fachin, que, recentemente, haviam pedido ao presidente Jair Bolsonaro (PL) um espaço na agenda oficial para falar com o chefe do Planalto, queriam "apenas" entregar convite sobre posse do novo comando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fachin, que será o novo presidente da Corte e Moraes, que será seu vice, demonstraram a Bolsonaro que têm as rédeas do jogo da campanha eleitoral deste ano nas mãos. É sabido, por exemplo, que o Tribunal contratou "checadores" para avaliar o conteúdo dos jornais sobre Fake News a respeito do sistema eleitoral brasileiro e tem imposto uma série de regras para os candidatos deste pleito utilizarem as redes sociais e aplicativos de mensagens.

Por isso, esta visita não pareceu de cortesia ou para simples entrega de um convite protocolar; já que, dias antes, foi o próprio Moraes quem determinou a ida de Bolsonaro à sede da Polícia Federal para depor sobre suposto vazamento de dados sigilosos em inquérito do órgão de investigação.

Por essas e outras, o encontro durou apenas dez minutos e ficou evidente o ar de ameaça. É que os magistrados e a presidência da República estão em lados opostos e eles sabem muito bem disso.

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